domingo, 22 de março de 2009




Sou um evadido.

Logo que nasci

Fecharam-me em mim,

Ah, mas eu fugi.


Se a gente se cansa

Do mesmo lugar,

Do mesmo ser

Por que não se cansar?


Minha alma procura-me

Mas eu ando a monte,

Oxalá que ela

Nunca me encontre.


Ser um é cadeia,

Ser eu é não ser.

Viverei fugindo

Mas vivo a valer.

Fernando Pessoa

Vivemos na ânsia de materialismos, compromissos, aparências, e esquecemos, muitas vezes, do essencial da vida, pensamos em tudo ao promenor, que é nada. Certo é que, por vezes, a cegueira é um ganho, evitando sorrisos deformados, palavras ocas e desprovidas de "oxigénio"!


Contudo, não será a primordial razão da vida o próprio auto-conhecimento? A real, constante, incessante busca do que de melhor podemos ser? Do que nos invade, daquilo que nos preenche? Quantas vezes, pensamos no caminho que levamos, sem que nada façamos para o embelezar? Há flores nos nossos jardins? Com que frequência dele cuidamos? Quanto tempo lhe despendemos? Não há tempo?! não??!


A vida dever ser bebida ou puramente respirada? A luz deve ser pura ou ofuscada?


Pisemos um chão de estrelas... Porque a vida é pequenina e pede gotas de celebração...


Antes de impludir-te procura encaminhação...





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