
Não posso adiar o amor para outro século
Não posso!
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda sob as montanhas cinzentas e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar ainda que a noite pese séculos sobre as costas e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida nem o meu amor nem o meu grito de libertação Não posso adiar o coração.
António Ramos Rosa
Não posso!
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda sob as montanhas cinzentas e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar ainda que a noite pese séculos sobre as costas e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida nem o meu amor nem o meu grito de libertação Não posso adiar o coração.
António Ramos Rosa
Olá, passei para conhecer seu espaço, abraços.
ResponderEliminarBorboleta
"Xiquexique, mucunã
Raiz de imbu e colé
Feijão brabo, catolé
Macambira, imbiratã
Do pau-pedra e caimã
A parreira e o murão
Maniçoba e gordião
Comendo isso todo dia
Incha e causa hidropsia
Foge, povo do setão"
"Marchemos a encarar
Trinta mil epidemias
Frialdade, hidropsia,
Que ninguém pode escapar.
Os que vão para o brejo vão
Morrem de epidemia
Sofrem fome todo dia
Os que ficam no sertão"
Josué de Castro