Depois de pausas, tempestades atónitas, heis que o trilho se ergueu sob os seus pés... vontade?!!! Nenhuma? Força...???? escondida, talvez... De rastos, tentou erguer-se no meio dos escombros da vida, mas a crueldade dos destroços impedia-a de sorrir!!!
Ansiosa, procura a sua flauta mágica, na escuridão do vazio... Aquela flauta que, durante tanto tempo, a fez avançar e ter forças para sorrir... Lhe abriu portas e sentidos que pareciam Brilhantes...
Contudo, os anos passaram, as melodias mudaram e as portas... as portas, essas, teimam em não abrir... Talvez da detioração das águas e da podridão que se foi arrastando!!! Tudo ficou cinzento, opaco...
Há esperança??? será que a flauta se afinará? será que os Deuses escutaram as suas melodias, ou tudo não passará de um belo canto dos cisnes?!!!
Ensinamentos e vivências são precisos, mas, muitas vezes, ela preferia ser mais uma ceifeira da vida... ceifeira que canta, e canta porque não sabe!!! Porque saber dói, corrói e machuca!!!
Nos escombros vão dançando recordações que doem e outras que magoando fazem sorrir, de saudade!!! Na inocência da indecisão vivem também muitos pensamentos, uns corrosivos outros nem tanto... mas todos ainda escondidos num turbilhão de memórias recalcadas pelas tempestades...
Lá ao fundo, parece haver um raio de sol que ajudará, ao menos a secar a roupa molhada do corpo.... a flauta continua perdida, perdida numa imensidão de sentimentos e turbulências... numa busca incessante de sentido e forma!!! Porque não tem uma forma a vida? Porque temos de escalá-la e viver de avalanche em avalanche!!!!
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
a minha, a nossa verdadeira herança
Sentir a música, com tudo o que isso implica, é das coisas mais bonitas do mundo como também a poesia... por isso, aqui fica a sugestão desse exercício, com um fabuloso FADO, do nosso ínfimo património musical...
Eu diria... sublime... but who am i?
"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade"
Marisa
Eu diria... sublime... but who am i?

"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade"
Marisa
quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sempre soube que seria
Do mar uma gota
Perdida roubada, ludibriada
pelo erro da imensidão...
há um rio!! não!!
havia um rio, cresceu...
mar, oceano!!
tingido a cores de tinta
debotadas pela velocidade
de um barco de papel!!
tentei embarcar nas palavras
beber a tinta das letras...
sentir a bravura das ondas...
naufragar na esperança
de um dia navegar!!!
Do mar uma gota
Perdida roubada, ludibriada
pelo erro da imensidão...
há um rio!! não!!
havia um rio, cresceu...
mar, oceano!!
tingido a cores de tinta
debotadas pela velocidade
de um barco de papel!!
tentei embarcar nas palavras
beber a tinta das letras...
sentir a bravura das ondas...
naufragar na esperança
de um dia navegar!!!
Na certeza do infinito...
oh mar salgado!!!
oh mar salgado!!!
terça-feira, 8 de setembro de 2009

há livros que nunca rasgam...
páginas que nunca viram!
letras que não se emanam
com o tempo!
Há também...
trilhos que não se esquecem
vidas que em nós perecem
e nos embalam num som mudo
passo as mãos pelo vento
e alegro-me...
crendo que não existo e não sou!
estrada ou nada que percorro
mas há sempre um caminho
que não sigo mas vou!!
guardo em minha mãos um pedaço
da noite do teu luar
de uma revolta incessante
de caminhos perdidos..
onde andei só
e fui errante!!
guardo essa luz em meus olhos
de sonhos vestidos
de ideias loucas
ando eu certo? ou estou errado?
afinal...
há sempre um caminho suposto...
uma página rasgada...
um vestígio de nada!!
quinta-feira, 13 de agosto de 2009

teimando não ir por aí
vou...
não seguindo os conselhos
tão normais, cruciais!
que me dizem para não ser assim
mas quero... ser a forma do meu ser!
não posso
ser quem não sou!
Eu...
não...
não quero mas não posso
ofuscar do mundo ironia!
com nobreza da impureza
questiono-me no momento
sentindo tamanho tormento...
eu...
por isso a minha trilha
descontínua e fraca
de fortes convicções...
inerte a tamanhos vulcões!
de fracas sensações!
eu...
não sou
não quero
não posso
não vou
...
olhar o mundo como nosso
repleto de podridão
pouco digno de saber
as provas que não invento
se lá dentro tudo é feliz!?
as aparências são forma de nada
de luz inabalada!
eu...
trago no peito a saudade
da falsa felicidade
por aqui não conseguir parar!
para outros essencial...
a realidade de saber viver
são reflexos de comodismo!
não me canso de ser criança...
de verdade
de vida
de luta
de esperança...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009

incoerentes corações
que nos levam da vida ternura
almas denegridas
pelas incoerências dos sonhos
lutas de titãs
desiguais arrebatando os fracos
como eu... levados pela maré cheia...
de podridão... tal como a vida!
Confiança que se emana para lá do horizonte!
que afinal não tem linha pra transpor
nem nos permite MAIS acreditar!!!
quinta-feira, 30 de julho de 2009

afogo-me num mundo
repleto de fins sem princípios
Com vontade de unir versos
em universos há muito já perdidos
Sem se poder dizer, sim foi assim
foi assim que aconteceu!
um mundo livre, livre
de ramos de árvores,
de flores folhas e frutos
e de raízes!!
onde estão as raízes?
que suportam todo o oxigénio??
posso estender os meus olhos
sobre todos os telhados!!!
mas não existe já azul no céu!
corroi-me uma revolta incessante
inundada de caminhos esquecidos
que me faz andar só e ser errante!
lamento a ineficácia deste céu
a escuridão desta luz
a verdade da mentira
que a tantos vos seduz!!
Que não sabem do deserto, nem da areia
nem da relva ou da lareira
com serenidades de rostos
estupidamente abertos
prosseguem...
com um bálsamo de falsa esperança
inúteis!!
lavados nas lágrimas dos humildes
banhados no sangue dos heróis
tomando os louros da coragem
dos belos e cintilantes sóis!
brilhantes como as estrelas
num céu ineficaz e escuro...
fica em nós, por isso,
a luminosidade da imperfeição humana!
num mundo agreste
de almas inquietas...
quarta-feira, 22 de julho de 2009

e os anos passaram... e a terra e o vento e o mar
por onde corre o sangue e a escrita da vida
de uma pressa com olhos vendados
um riso estúpido bloqueando correntes de ar
e a medida de todas as coisas?
de todas as coisas que estão no mundo!
maior mistério não há que este
Teu!!
espantas-me o grito profundo...
também ela, a voz, foge!!
após a sucessão das estações...
repletas de abraços, de emoções!!
fico cobarde e capaz de descobrir a coragem
no fundo de um medo... doce e agressivo
ingénuo e cínico... em constante aprendizagem...
de uma melodia bela e incoerente
continuando... fingindo desconhecimento
quinta-feira, 16 de julho de 2009

uma página escreves e reescreves
uma página repetes, a mesma página
sempre...
ou talvez não...
por não ter resposta
com uma escrita nunca escrita
com uma tinta nunca vista
uma página que busca o nada
virada, rasgada, apagada...
podíamos saber um pouco mais...
escutar-lhe o silêncio das palavras
que me prendem aos instantes
me Envenenam e salvam
sem uma certa correcção e
tão pouco te pergunto
e porque não...?
não conheço as linhas desta página
que me embala e me inventa
e é tão pouca e é tão extensa...
escreves o teu mel de negro fel
o imenso mar dos teus olhos
esta febre que me afoita a alma
tão pouco pergunto
e porque sim?
não há pois nada
que eu possa imaginar
com o teu silêncio mansinho
de linhas em branco
de tempestade sem calma
tão pouco pergunto?
além de um oceano de calma
buscando o sal de uma só alma
demorada nos gomos da saída
e nos silêncios lunares embevecida
este crescente fulgor de páginas
... que me embala
de magia e tormento
o que é escrever sem nunca riscar?
mesmo para lá da própria morte
quantas frases vazias existem no meu peito?
e nem tão pouco te pergunto...
sexta-feira, 3 de julho de 2009

Era uma luz pura, inefável, que me fez avançar
Que me queimava a testa docemente...
Inundou-me uma luz fria e distante, mágica e cintilante
Que corria, de noite, como uma carruagem em fuga!
Todo este brilho chegou num momento indeterminado
Eliminando, de forma sobrenatural, o meu olhar!
Inundou-me um encanto maravilhoso e secreto
mas...
Aquele ontem, foi já há tanto tempo!
Que bate forte e fraco incessantemente...
juntar-se-ão passos nervosos a esta chama
para que a caminhada reflicta passos de luz
O verdadeiro espelho será resplandescente
diferente e longínquo
remetido num universo excitante
onde respira a minha alma
Porque os relógios sao de vidro
os números desnecessários... e
ser um pouco para lá da estação
não tem a mínima importância !!
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