quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dizem que o tempo sara todas as feridas

Talvez seja verdade

Há gerras que são vencidas antes da morte

Mas há feridas que parecem não sarar

Sangram, vertem pus, voltam a sangrar,

surpreendem-nos a magoar a alma

quando esta já deveria estar habituada e imune a tanta dor

É certo que, às vezes, essas feridas acalmam,

como as marés que recolhem à água e recuam para o mar alto

Conhecemos aquele céu aberto... tão dificil de alcançar, de nuvens pintado!

Tão longe de tudo o que parece certo... que não pára de voar, antes de morrer

Mas... Existem descobertas de sina que não têm quê nem porquê

E, tal como as marés, regressam, depois, camufladas

revigoradas, pujantes, invadindo, de novo, a praia e fazendo sentir o fulgor da sua presença,

o impeto do seu regresso...

Será caso para dizer: Com que voz? Com que alma? Com que força?

sinto, constante, surdamente,

uma voz perfeita que me inunda em dias de tempestade...

Que dirige um barco assoprado com um vento já gasto!

1 comentário:

  1. Ai, ai, ai...
    Onde está a ancora de tanta dor?
    Porque não a levantas e segues viajem? Á deriva, sem rumo, ao sabor da corrente, ao sabor do vento... ou então com outro destino... sinto um aperto no coração sempre que leio palavras como estas. Deixa a alegria de viver encher o teu coração e depois escuta o que ele tem para te dizer...
    ;*
    Menino do Mar

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