domingo, 5 de abril de 2009


Quantas faces temos nós afinal?

Ora essa, isso nem se pergunta...

Poeira nos olhos... que ilumina,

ainda que de forma transversal,

a nossa essência...


será mordaz ouvir a nossa consciência?

Será demente ter coerência...

A minha voz é áspera quando tento ser eu!


Tudo isso são invenções? São? Ou não?

As estradas sem saída são longas, dentro delas,

atingiram o seu fim... mas continuam

no mapa... na rota... na estrada... camufladas!

Não demonstras o percurso...

mas sabê-lo tão bem...

Não traças o final, já bem o conhecias!

Não suguemos o suco da vitória...

não fínjamos que nossa alma é só glória...


Quantas faces temos eu e tu, afinal?

Que parte de nós deve ser original?

Não é aqui! Fica a quilómetros daí!

Sou o que sou ou o que tenho de ser?

Dou o que dou ou o que tenho de dar?


Encaixas as peças do puzzle

que não fazem, assim, sentido

Faz falta o poder de libertar!


Aclamam em mim cânticos de dor

Numa noite fechada com relâmpagos de sonhos

Porque a verdade tinha muito mais sabor!


Quantas faces temos nós, afinal?

1 comentário:

  1. Diria que temos uma única face. Muito embora esta vá mudando pelos mais variados motivos. A face vai ficando com as marcas dos bons e maus momentos das nossas vidas, vai sendo esculpida escavadas por sorrisos, por lágrimas, por beijos por caricias ou pela dor, enfim...
    Beiju

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